Robôs Humanoides da UMinho em destaque em Pequim

A Universidade do Minho estreou-se no World Humanoid Robot Games 2025, participando no inédito campeonato de futebol robótico de humanoides, com reconhecimento internacional.
Único conjunto português participante, a equipa do Laboratório de Automação Robótica (LAR) do Centro ALGORITMI destacou-se com várias distinções no evento que decorreu em Pequim, China, entre 15 e 17 de agosto.
Com um historial de participação desde 1998 em competições de futebol robótico, sempre com robôs móveis de rodas, a equipa aceitou este ano o desafio lançado pela organização para competir pela primeira vez com robôs de duas pernas. O objetivo foi implementar estratégias de jogo coletivas, numa liga onde os humanoides costumam jogar em formato 3×3 e privilegiam um estilo mais individualista, frequentemente marcado por colisões.
Nesta edição, porém, a equipa da Escola de Engenharia da UMinho jogou na competição especial de 5×5 humanoides, podendo assim demonstrar em pleno a estratégia que habitualmente desenvolve com robôs de rodas na mesma configuração. Foi possível apresentar uma equipa capaz de efetuar passes de bola, evitar obstáculos em campo, controlar de forma eficaz os movimentos dos robôs e até contar com um guarda-redes que protagonizou defesas inovadoras e surpreendentes.
Para além do responsável pelo projeto Prof. Fernando Ribeiro, a equipa contou com a dedicação dos seguintes estudantes — António Ribeiro, Carolina Lopes, José Silva, Tiago Oliveira, Pedro Silva, José Fernandes, Daniel Borges e Etvaldo Neto — ao longo de um mês de intenso trabalho (de 19 de julho a 18 de agosto), apoiados pelo ex-docente da UMinho Prof. Gil Lopes, que assumiu funções de conselheiro da equipa.
O esforço coletivo foi distinguido com a atribuição de um “Certificate of Recognition” e uma medalha, prémios que simbolizam o sucesso da estreia na liga dos humanoides. O líder da nossa equipa foi ainda o escolhido para transportar a bandeira do RoboCup na Cerimónia de Abertura, em representação da comitiva estrangeira.
Foi uma experiência de enorme valor, que permitiu desenvolver novas ideias e clarificar a visão de futuro da robótica humanoide, sempre alinhada com o grande objetivo: em 2050 realizar um jogo de futebol entre campeões do mundo humanos e campeões do mundo robôs.
Esta experiência permitiu dotar os alunos de competências avançadas no domínio dos robôs humanoides, que poderão ser aplicadas não apenas no futebol robótico, mas também em múltiplas outras áreas da robótica autónoma.